Quais os tipos de gripe? Veja a diferença dos vírus influenza

Atualizado em 14 de junho de 2018

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POR Gustavo Frank

Uma das doenças mais presentes no cotidiano das pessoas, a influenza, conhecida popularmente como gripe, é uma infecção aguda provocada pelo vírus da influenza. Ela acontece no sistema respiratório e possui forte potencial de transmissão em todas as faixas etárias: crianças, adultos e idosos.

Combatida a partir de vacinações frequentes ao longo do ano, os tipos de gripe são: a comum, a H1N1 e a H3N2; e os vírus de influenza são classificados entre o A, B e C. Vamos saber mais sobre cada um desses tipos.

Os tipos de gripe

Gripe comum

Esse tipo de gripe é uma doença infecciosa aguda. Os surtos acontecem normalmente em épocas mais frias, como no inverno, já que as pessoas têm o hábito de ficarem em ambientes fechados e mais próximas entre si – facilitando sua transmissão.

Ao contrário do resfriado, com o que acaba sendo confundida muitas vezes, a gripe comum tem um comportamento mais agressivo, deixando o paciente debilitado pelos sintomas durante um maior período de tempo.

Sendo os sintomas de:

  • Febre alta;
  • Dor de garganta e dores no corpo;
  • Fadiga;
  • Calafrios;
  • Congestão nasal;
  • Tosse, demorando cerca de 3 a 4 dias para começarem a surgir no corpo.

A tosse é uma das formas de contágio, uma vez que é o momento em que são eliminadas as partículas infectadas pelos vírus no ar e podem chegar até outra pessoa.

Geralmente, analgésicos e antitérmicos podem ser utilizados para aliviar os sintomas. Só que é fundamental passar por uma consulta médica, que irá dizer exatamente o que deve ser medicado.

H1N1

Conhecida também como gripe suína, a H1N1 acontece a partir da mutação do vírus da influenza. Foi descoberto que esse tipo da doença inicialmente surgiu em porcos, o que levou ao seu nome popular, e depois foi transmitida rapidamente entre as pessoas.

Assim como a comum, a H1N1 é propagada quando uma pessoa – que já está infectada – tosse ou espirra, eliminando as partículas contaminadas e atingindo o sistema imune do outro indivíduo próximo ou com quem teve contato físico. O tempo para a manifestação dos sintomas da doença é de 1 a 4 dias, enquanto a sua transmissão pode demorar 7 dias.

Seus sintomas são:

  • Insuficiência respiratória;
  • Febre alta;
  • Tosse;
  • Dor de cabeça, muscular e na garganta;
  • Falta de ar;
  • Coriza;
  • Congestão nasal;
  • Náuseas e vômitos;
  • Diarreia.

Durante a epidemia da doença (entre 2009 e 2010), foi atestado que crianças e jovens de 5 a 24 anos, foram os principais afetados. Além desses, o grupo de risco também inclui gestantes, diabéticos e pessoas portadoras de doenças respiratórias, cardíacas, renais, hepáticas e neurológicas crônicas.

Além dos antialérgicos, analgésicos e expectorantes, na gripe suína é preciso recorrer à antivirais, que devem ser prescritos pelo médico durante a consulta.

H3N2

Comum entre aves e suínos, esse tipo geralmente não afeta as pessoas. Apesar disso, foi o centro de um surto que teve início nos Estados Unidos e chegou ao Brasil logo depois (primeiros meses de 2018), levando-a a ser nomeada como um “vírus variante”.

Sua maior incidência acontece entre os meses de maio e setembro, que faz dela uma gripe sazonal, ou seja, relativa a estação do ano. Assim como a gripe comum e a H1N1, sua transmissão acontece a partir do contato com pessoas infectadas. A H3N3 pode durar de 24 a 48 horas fora de um organismo vivo, por isso, locais fechados contribuem para facilitar sua propagação.

Levando de 1 a 4 dias para começarem a ser notados, os sintomas apresentados são:

  • Febre alta;
  • Dores musculares e dor de cabeça;
  • Fadiga;
  • Tosse seca;
  • Fraqueza;
  • Vermelhidão nos olhos;
  • Rouquidão;
  • Vômitos e diarreia;
  • Corrimento nasal excessivo.

O tratamento é feito com o uso de antivirais, acompanhado de repouso e hidratação constante ao longo do dia.

Os vírus da gripe

Influenza A

De origem aviária, teve seus primeiros casos em humanos em 2013, na China. Os casos da influenza A também são sazonais e estão presentes em períodos mais frios, podendo levar a complicações graves e a morte.

A transmissão acontece por meio do contato com aves infectadas, que muitas vezes não manifestam a doença e transmitem de forma silenciosa às pessoas com quem estão próximas, como fazendeiros, além de infectarem os ambientes onde eram cuidadas ou são abatidas, por exemplo.

Aqui, vale ressaltar que a transmissão entre humanos não é comum e protagonizaram casos raros.

Os sintomas dos pacientes incluem:

  • Febre;
  • Tosse;
  • Falta de ar;
  • Dispneia (dificuldade de respirar);
  • Hipóxia (diminuição das taxas de oxigênio no ar, no sangue arterial ou nos tecidos).

Imediato logo após o diagnóstico, o tratamento é feito com antivirais, repouso e hidratação.

Influenza B

Esse tipo de vírus da gripe é hospedado apenas em humanos e mamíferos marinhos. É uma infecção do sistema respiratório transmitida através do ar infectado, pelos mesmos motivos já listados anteriormente pela influenza A, como a tosse.

A Influenza B pode ser contraída várias vezes ao longo da vida das pessoas. Isso acontece porque o vírus passa por constantes mutações que driblam nosso sistema imune, algo que facilita a sua transmissão. É como se ele sempre pudesse “hackear” nossa resistência e se adaptar a ela.

Os sintomas apresentados pelos pacientes costumam ser:

  • Febre alta;
  • Dores musculares, na garganta, e cabeça;
  • Tosse;
  • Fraqueza;
  • Coriza;
  • Congestão nasal;
  • Diarreia;
  • Náuseas e vômito.

Quando se sente dificuldade para respirar é preciso procurar um médico imediatamente, por ser um sinal de piora do quadro.

O tratamento é feito a partir do alívio dos sintomas, com antitérmicos e analgésicos.

Influenza C

Existe um motivo para que essa seja pouco falada. A Influenza C é mais simples do que as outras, afetando seres humanos e suínos, causando infecções brandas em quem a contrai, além de estar associada a casos esporádicos.

Sua transmissão acontece da mesma forma que a A e a B, mas ao contrário dessas, não há uma preocupação com epidemias ou vacinação devido a intensidade que ela atinge o corpo.

Com sintomas similares aos outros tipos de influenza, o infectado pode se queixar de:

  • Irritação nos olhos;
  • Tosse;
  • Coriza;
  • Cansaço;
  • Ausência de apetite;
  • Vômitos e diarreia (em alguns casos).

O tratamento com analgésicos e antitérmicos é feito para aliviar os sintomas, que somem rapidamente.

Qual a diferença entre resfriado e gripe?

Confundida muitas vezes com o resfriado, a gripe apresenta alguns sintomas específicos que podem ser detectados por quem está com suspeita e, sobretudo, pelo médico responsável.

Os diferenciais são:

  • Início súbito dos sintomas;
  • Febre alta persistente;
  • Tosse seca;
  • Fadiga;
  • Mal-estar;
  • Dor no peito (em casos mais graves).

Como é feito o diagnóstico da influenza?

Geralmente, a gripe em seus casos mais brandos pode ser diagnosticada pelo médico durante uma consulta clínica, sem o auxílio de exames laboratoriais.

Para resultados mais específicos, o diagnóstico da influenza é feito a partir do isolamento do vírus e da identificação do genoma viral. Pode ser realizada também a análise de secreções respiratórias da garganta ou nariz, além de exames de sangue.

Como os sintomas dos tipos de gripe são bem semelhantes, a procura por um médico especialista é fundamental para diferenciar e ocorrer o tratamento correto da infecção.

Como se prevenir da gripe?

O método mais efetivo para a prevenção da doença é por meio da vacinação, evitando o contágio e as possíveis complicações. Sua aplicação é recomendada no inverno, já que é a época em que os índices de infecção são maiores.

Vale lembrar que, assim como qualquer outra vacina, é possível que o paciente apresente algumas reações adversas, como febre e mal-estar.

Evitar ir a lugares muito fechados e contaminados – nos casos em que há contágio de origem animal – também são soluções para a prevenção.