Sintomas de diverticulite: inchaço, constipação e mais 7 incômodos

Atualizado em 26 de março de 2019

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POR Gustavo Frank

Os sintomas de diverticulite podem ser muito incômodos, de modo a causar grande prejuízo na vida do paciente. Também conhecida como “apendicite do lado esquerdo”, a doença é uma inflamação caracterizada pela formação de bolsas na parede do intestino que resultam na obstrução do divertículo por pequenos fragmentos de fezes.

Embora grande parte das inflamações aconteçam no intestino grosso (cólon), todo o trato digestivo – incluindo o esôfago, o estômago e o intestino delgado – também podem ser atingidos pela doença.

Adquirida ao longo da vida, muitas vezes após os 40 anos de idade, a condição é comum e pode se apresentar de diversas formas.

Quais são os sintomas de diverticulite?

tratamento para diverticulite

Os principais sintomas de diverticulite são os que apresentam origem digestiva. Veja todos:

  • Mal-estar;
  • Dor abdominal, geralmente no lugar esquerdo e abaixo do umbigo;
  • Febre;
  • Alteração do funcionamento intestinal, como diarreia ou constipação;
  • Náuseas e vômitos;
  • Falta de apetite;
  • Aumento de sensibilidade do cólon;
  • Inchaço abdominal com a presença de gases;
  • Calafrios.

Como diferenciar de problemas com sintomas semelhantes?

A confusão mais presente é com a apêndice, já que ambas causam sintomas parecidos. Existem diferenças que podem diferenciá-las, embora seja necessário estritamente uma consulta médica para o diagnóstico correto.

Uma das teorias mais acreditadas é que a diverticulite atinge normalmente idosos, enquanto a apendicite é mais frequente em crianças e jovens.

Vale ressaltar que os sintomas de diverticulite das fases iniciais, além da dor, podem ocorrer ardor e dificuldade para urinar e diarreia branda (raramente com sinais de sangue), algo que não ocorre em casos de apendicite.

Quais são os tipos de diverticulite?

Existem dois tipos de diverticulite: a hipotônica e a hipertônica. A principal diferença entre elas é o tamanho dos divertículos – que podemos chamar de bolsas – que surgem no cólon, e as faixas etárias que atingem.

Diverticulite hipotônica

A diverticulite hipotônica normalmente é diagnosticada em idosos, com mais de 60 anos. Nesse tipo, os divertículos, ou orifícios diverticulares, são grandes e presentes em praticamente todos os segmentos do intestino grosso. O intestino é composto pelo ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente e cólon sigmoide, e tem a função de absorver água, armazenar e eliminar os resíduos da digestão.

Instala-se como decorrência do afrouxamento da musculatura lisa do intestino e, além dos sintomas de diverticulite, a complicação mais frequente é a hemorragia.

Diverticulite hipertônica

Nesse caso, os divertículos são menores e surge mais entre os 40 e 60 anos. Nesse tipo, ela é frequente no lado esquerdo do corpo e é provocado pelo aumento anormal do tônus dessa mesma musculatura e pelo crescimento significativo da pressão no intestino grosso, no cólon descendente e cólon sigmóide.

O que causa a diverticulite?

Embora não exista uma causa cientificamente conhecida, pode se manifestar a partir de:

  • Dieta rica em gorduras e pobre em fibras;
  • Funcionamento lento do intestino, que acarreta na constipação e consequentemente o acúmulo de fezes muito endurecidas, que pressionam o intestino e formam essas bolsas.

Daí vem a inflamação, infecção e os sintomas de diverticulite, uma vez que os materiais fecais são compostos por bactérias.

A diverticulite é um dos problemas que podem ser resultado do surgimento dessas bolsas, embora apenas uma pequena parte dos pacientes apresentam complicações geradas pela inflamação, dependendo da sua gravidade.

A obstrução de algum divertículo formado, seja ele consequências das fezes ou de alimentos mal digeridos, dá início ao processo inflamatório no divertículo e pode acabar evoluindo para o processo infeccioso no trato digestório.

Fatores de risco

Alguns grupos podem ser mais propensos a sofrerem com os sintomas de diverticulite, esses são:

  • Pessoas com 40 anos ou mais, devido a maior quantidade de divertículos do que na fase jovem;
  • Indivíduos que consomem muita gordura, como alimentos processados, e poucas fibras no dia-a-dia;
  • Falta de exercícios físicos, já que sua prática ajuda no funcionamento do intestino e evita a constipação e, consequentemente, a formação dos divertículos;
  • Pacientes em tratamento contra o câncer que estejam tomando drogas oncológicas;
  • Obesidade;
  • Tabagismo.