Bronquite: a doença que causa dificuldades respiratórias

Atualizado em 25 de abril de 2019

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POR Gustavo Frank

Contraída por pessoas de qualquer faixa etária, desde crianças até idosos, a bronquite é uma inflamação dos brônquios quando há o excesso de secreção em seus tubos, dificultando sua função de filtrar o ar da traqueia até o pulmão. As pessoas que sofrem com o problema costumam ficar bastante irritadas, principalmente pela falta de ar que ela causa.

A doença pode se manifestar em quatro formas, sendo elas aguda, crônica, alérgica e asmática, com diferentes agravamentos e durações entre si. Vamos saber mais sobre esses tipos e quais são suas causas, sintomas e tratamentos.

Tipos de bronquite

Aguda

Bem comum e de curta duração, a bronquite aguda surge a partir de outras infecções respiratórias frequentes, como a gripe e o resfriado.

A doença pode ser causada pela contaminação por um vírus, exposição intensa à poluição do ar ou inalação excessiva de fumaça.

Ela passa por três etapas ao atingir o corpo: o nariz, a garganta e os pulmões, algo que pode ser perceptível com a ordem dos sintomas no corpo quando as dores começam a surgir.

Crônica

Em um nível mais avançado, a bronquite crônica ocorre quando os sintomas pioram na manhã e se manifestam no corpo durante pelo menos três meses em dois anos consecutivos.

Na maioria desses casos, o consumo do cigarro é o grande vilão. A limitação dos brônquios e das vias respiratórias causada pelo fumo do tabaco levam a alterações da mucosa e, consequentemente, a sua inflamação.

Em alguns casos, ela também pode aumentar o risco de outras infecções, como a pneumonia.

Alérgica

A bronquite alérgica pode ser aguda ou crônica, o contato com poluentes naturais e químicos são os principais responsáveis nesse caso.

Elementos irritantes, como a poeira, inseticida e tinta, por exemplo, contribuem para desencadear a doença.

Asmática

A bronquite asmática é uma incidência da aguda. Comum entre pessoas que já possuem asma, resultando na congestão respiratória e a falta de ar – sintoma já presente pela primeira condição, mas que podem se agravar nesse período de inflamação.

Aqui, as crises podem ser mais fortes, então o cuidado deve ser redobrado em épocas de frio, onde os casos se fazem mais presentes – ainda mais quando vem em dose dupla.

O que causa?

Como já detalhamos anteriormente, existem vários fatores que incentivam o processo de inflamação, mas na maioria das vezes ela é causada por um vírus.

Nas outras, as bactérias podem ser agentes responsáveis pela doença, além de poluentes naturais e químicos que também levam a inflamação, como a poeira e o cigarro.

Fatores de risco

  • Tabagismo;
  • Poluição;
  • Refluxo gastroesofágico;
  • Contato com pessoas gripadas/resfriadas;
  • Exposição a substâncias que despertam reações alérgicas, como poeira e tinta;
  • Imunidade baixa.

Sintomas

  • Tosse (com a presença de muco);
  • Ronco ou chiado no peito;
  • Fadiga;
  • Dificuldade para respirar;
  • Falta de ar;
  • Febre;
  • Desconforto no peito;
  • Infecções respiratórias frequentes;
  • Pigarro constante.

Como diferenciar de outras doenças respiratórias

Muitas pessoas confundem bronquite com asma, já que ambas causam a falta de ar. No entanto, vale ressaltar que tanto o tratamento como o diagnóstico das doenças são feitos de formas diferentes, então é importante não confundir.

Para isso, é preciso se atentar a presença de catarro, já que é um dos grandes diferenciais para saber do que se trata a doença. Os sinais mais característicos da bronquite são as tosses intensas com muco que persistem ao longo do dia, devido a inflamação nos brônquios.

A consulta por um médico especializado, como um pneumologista, é importante nesses casos para diferenciar os diagnósticos e fazer uma prescrição exata.

Diagnóstico

Para o médico diagnosticar o paciente, é preciso analisar seu histórico e fazer um exame clínico analisando os sintomas relatados. Assim, alguns exames podem ser realizados para um resultado mais exato, como:

  • Raio-X torácico;
  • Exame de expectoração;
  • Testes de funcionamento do pulmão;
  • Oximetria do pulso.

Existe tratamento?

A doença, em sua fase aguda, desaparece de 15 a 20 dias com alívio progressivo dos sintomas, sem o uso de medicamentos.

Já nos outros casos, como o crônico, o alérgico e o asmático, a utilização de antibióticos, antialérgicos e xaropes para a tosse podem ser prescritas pelo médico para aliviar os sintomas.

Tratamentos caseiros

Beber bastante água e usar o vaporizador são práticas úteis para diminuir a tosse e facilitar a respiração, principalmente antes de dormir.

Além delas, preparar chás com propriedades anti-inflamatórias, mucilaginosas e que tenham expectorantes como o de gengibre, erva-doce ou malva, por exemplo, ajudam a reduzir a tosse, o excesso de secreções e o mal-estar geral.

É possível conviver com a doença?

Sim, é completamente possível! Se o paciente for fumante, a principal recomendação é parar de fumar o quanto antes. Ficar em lugares muito fechados e fazer contato com elementos alérgicos também devem ser evitados. Afinal, uma vez que você já sabe a causa da sua inflamação, os cuidados são mais específicos e eficazes.

Outra alternativa é começar a praticar exercícios físicos. Começando por uma caminhada, a movimentação do corpo vai trazer melhora para a dinâmica do funcionamento dos pulmões e do coração, proporcionando um melhor condicionamento físico.