Ansiedade não é drama, entenda a doença

Atualizado em 05 de setembro de 2018

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POR Marina Zyrianoff

Impaciência e desejo que algo aconteça logo? Quem sofre, sabe: vai muito além disso. Apesar de ser uma emoção normal que sentimos antes de uma entrevista de emprego ou de uma prova, quando em excesso precisa de atenção, já que pode ser um distúrbio.

Ansiedade é o sentimento de quem pensa demais no futuro. Para Freud, é o medo de algo incerto, sem objeto. Já o psiquiatra Aubrey Lewis descreve como “um estado emocional com a qualidade do medo, desagradável, dirigido para o futuro, desproporcional e com desconforto subjetivo”. Ou seja, um sentimento incômodo em que a pessoa vive num estado de alerta constante por causa de algo que pode ou não acontecer.

Alguns sintomas da ansiedade

Esses são os sinais mais comuns de ansiedade:

  • insônia
  • ataques de pânico
  • falta de ar
  • preocupação excessiva
  • tensão muscular
  • dor no peito
  • medos irracionais
  • tremores
  • outros sintomas que fazem parte do dia a dia

Quais as causas e tratamentos

E por quê alguém sofre com isso? Genética, hormônios, traumas e experiências podem ser alguns dos motivos que levam quase 23% da população brasileira a ter algum distúrbio de ansiedade ao longo da vida. Mas a notícia boa é que dá pra tratar!

“Químicos podem ajudar o cérebro, mas existe a necessidade de tratamento psicológico”, afirma a neurologista Sandra Regina Campacci. Como boa parte da ansiedade vem dos pensamentos, sessões de terapias podem ajudar a mudar a forma de pensar dos pacientes, descobrir os motivos de inquietação e apoiá-los para que encarem seus problemas.

“A ansiedade diminui quando enfrentamos o problema. Se ele estiver no futuro, pode não passar. O segredo é parecido com o pensamento positivo: mentalizar que os problemas podem não ser tão grandes assim e que tudo vai dar certo – isso faz com que agora o sentimento não seja catastrófico”, completa.

Outra dica para melhorar esta sensação é extravasar: nos EUA existe o Dia do Pânico: em 9 de março, pessoas aproveitam para gritar, surtar, correr, ouvir música no último volume, botar para fora as energias e ansiedades.

Fontes: Especial Ansiedade Super Interessante
Sandra Regina Campacci – Neurologista CRM 54846