Sintomas da andropausa: conheça seus sinais e prevenção

Atualizado em 13 de junho de 2018

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POR Amanda Grecco

Na andropausa, também conhecida como “menopausa masculina”, ocorre uma redução na produção de testosterona (hormônio sexual masculino), conforme os homens envelhecem. Quando essa redução na produção de hormônios começa a acontecer, diversas alterações no corpo humano também ocorrem, manifestando os sintomas da andropausa.

Ela pode ser revertida, desde que a pessoa passe por uma séries de mudanças de hábitos, que serão determinantes para estagnar e tratar o quadro. Descubra quais são os seus sintomas e como se prevenir!

Sintomas da andropausa

Assim como na passagem do ciclo fértil para a menopausa, várias manifestações psicológicas e orgânicas podem – ou não – aparecer. Apresentar esses sintomas não significa que seja, necessariamente, andropausa. São necessários exames médicos para analisar as taxas hormonais e, só assim, determinar o quadro.

Dentre os sintomas, são os mais comuns:

  • Perda de energia;
  • Depressão;
  • Disfunção erétil;
  • Diminuição da massa muscular;
  • Queda da libido;
  • Insônia;
  • Alterações de humor;
  • Osteoporose;
  • Redução da capacidade de concentração;
  • Ondas de calor (fogachos), mas são muito raras.

Por que dizem que ela é um mito?

Além do fato de que nem todos os homens sentem os sintomas, a andropausa pode ser confundida com o quadro da senescência (ficar senil, velho). Isso, porque, ela é uma consequência do avanço da idade, com todos os sintomas que já costumam ser esperados pela chegada da velhice.

Foi apenas em 1994 que a Sociedade Austríaca de Andrologia, admitiu a existência dela e estabeleceu-se a sigla PADAM (partial androgen deficiency of the aging male) para denominá-la.

Prevenção

Quanto aos fatores relacionados ao estilo de vida, uma dieta vegetariana e rica em fibras parece estar associada a níveis mais elevados de SHBG (globulina de ligação a hormônios sexuais) e testosterona do que uma a base de carnes com altos conteúdos lipídicos, o que poderia se dever ao fato de uma menor presença de insulina no sangue, geralmente, uma taxa anormalmente alta.

Reposição hormonal masculina

Assim como a mulher pode fazer uso de hormônios sintéticos para atenuar os sintomas do climatério (período de transição entre ciclo fértil e infértil), existem diversas formas de repor sinteticamente a testosterona.

A reposição pode ser feita via adesivos escrotais, não escrotais, géis e injeção. Ela também pode ser prescrita por via de cápsulas orais, tabletes sublinguais, cremes tópicos e supositórios.

Prós

Os níveis de testosterona ficam estáveis e todos os sintomas tendem a diminuir: com a regularização hormonal, o ganho de massa magra torna-se menos difícil, a libido é restabelecida (mesmo que em partes) e os problemas relacionados à queda de humor também tendem a, no mínimo, se atenuarem.

Contras

De acordo com estudo publicado pela Revista da Associação Médica Brasileira, realizado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, os efeitos da reposição hormonal no metabolismo da insulina e da glicose são bastante controversos.

Estudos sugerem que a reposição de testosterona em homens idosos influencia o aumento da atividade da lipase lipoproteica hepática, ou seja, o colesterol é prejudicado e os riscos de que a pessoa sofra algum problema cardiovascular, aumentam.

A ginecomastia (surgimento de mamas) também pode ser uma complicação. Só que ela é benigna, infrequente e geralmente reversível. Também pode haver retenção de líquido, diminuição do volume testicular, reações cutâneas também são comuns, principalmente com o uso dos adesivos cutâneos.

As injeções intramusculares podem causar dor local, nódulos e furúnculos. É importante saber que todos os tratamentos podem gerar acne, oleosidade na pele e aumento de pelos corporais.

Tratamentos alternativos e prevenção

Em estudo publicado pela Société Française de Pharmacologie et de Thérapeutique, pode-se concluir que a Eurycoma longifolia – erva tradicional do sudoeste asiático, conhecida popularmente como Tongkat Ali, que vem sendo utilizada como planta medicinal – pode ter influência positiva sobre o aumento da testosterona.

As mudanças de hábitos também podem ajudar a estagnar ou reverter o quadro. Adotar uma alimentação vegetariana aliada a exercícios diários e abstinência de álcool e cigarro já provaram ser ótimas maneira de não deixar que o quadro avance.

Tratamentos alternativos com homeopatia, fitoterapia e acupuntura também podem ser algumas ótimas alternativas.