Na andropausa, também conhecida como “menopausa masculina”, ocorre uma redução na produção de testosterona (hormônio sexual masculino), conforme os homens envelhecem. Quando essa redução na produção de hormônios começa a acontecer, diversas alterações no corpo humano também ocorrem, manifestando os sintomas da andropausa.
Ela pode ser revertida, desde que a pessoa passe por uma séries de mudanças de hábitos, que serão determinantes para estagnar e tratar o quadro. Descubra quais são os seus sintomas e como se prevenir!
Sintomas da andropausa
Assim como na passagem do ciclo fértil para a menopausa, várias manifestações psicológicas e orgânicas podem – ou não – aparecer. Apresentar esses sintomas não significa que seja, necessariamente, andropausa. São necessários exames médicos para analisar as taxas hormonais e, só assim, determinar o quadro.
Dentre os sintomas, são os mais comuns:
- Perda de energia;
- Depressão;
- Disfunção erétil;
- Diminuição da massa muscular;
- Queda da libido;
- Insônia;
- Alterações de humor;
- Osteoporose;
- Redução da capacidade de concentração;
- Ondas de calor (fogachos), mas são muito raras.
Por que dizem que ela é um mito?
Além do fato de que nem todos os homens sentem os sintomas, a andropausa pode ser confundida com o quadro da senescência (ficar senil, velho). Isso, porque, ela é uma consequência do avanço da idade, com todos os sintomas que já costumam ser esperados pela chegada da velhice.
Foi apenas em 1994 que a Sociedade Austríaca de Andrologia, admitiu a existência dela e estabeleceu-se a sigla PADAM (partial androgen deficiency of the aging male) para denominá-la.
Prevenção
Quanto aos fatores relacionados ao estilo de vida, uma dieta vegetariana e rica em fibras parece estar associada a níveis mais elevados de SHBG (globulina de ligação a hormônios sexuais) e testosterona do que uma a base de carnes com altos conteúdos lipídicos, o que poderia se dever ao fato de uma menor presença de insulina no sangue, geralmente, uma taxa anormalmente alta.
Reposição hormonal masculina
Assim como a mulher pode fazer uso de hormônios sintéticos para atenuar os sintomas do climatério (período de transição entre ciclo fértil e infértil), existem diversas formas de repor sinteticamente a testosterona.
A reposição pode ser feita via adesivos escrotais, não escrotais, géis e injeção. Ela também pode ser prescrita por via de cápsulas orais, tabletes sublinguais, cremes tópicos e supositórios.
Prós
Os níveis de testosterona ficam estáveis e todos os sintomas tendem a diminuir: com a regularização hormonal, o ganho de massa magra torna-se menos difícil, a libido é restabelecida (mesmo que em partes) e os problemas relacionados à queda de humor também tendem a, no mínimo, se atenuarem.
Contras
De acordo com estudo publicado pela Revista da Associação Médica Brasileira, realizado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, os efeitos da reposição hormonal no metabolismo da insulina e da glicose são bastante controversos.
Estudos sugerem que a reposição de testosterona em homens idosos influencia o aumento da atividade da lipase lipoproteica hepática, ou seja, o colesterol é prejudicado e os riscos de que a pessoa sofra algum problema cardiovascular, aumentam.
A ginecomastia (surgimento de mamas) também pode ser uma complicação. Só que ela é benigna, infrequente e geralmente reversível. Também pode haver retenção de líquido, diminuição do volume testicular, reações cutâneas também são comuns, principalmente com o uso dos adesivos cutâneos.
As injeções intramusculares podem causar dor local, nódulos e furúnculos. É importante saber que todos os tratamentos podem gerar acne, oleosidade na pele e aumento de pelos corporais.
Tratamentos alternativos e prevenção
Em estudo publicado pela Société Française de Pharmacologie et de Thérapeutique, pode-se concluir que a Eurycoma longifolia – erva tradicional do sudoeste asiático, conhecida popularmente como Tongkat Ali, que vem sendo utilizada como planta medicinal – pode ter influência positiva sobre o aumento da testosterona.
As mudanças de hábitos também podem ajudar a estagnar ou reverter o quadro. Adotar uma alimentação vegetariana aliada a exercícios diários e abstinência de álcool e cigarro já provaram ser ótimas maneira de não deixar que o quadro avance.
Tratamentos alternativos com homeopatia, fitoterapia e acupuntura também podem ser algumas ótimas alternativas.