Tratamento para melasma: evolução, dicas de prevenção e cremes

Atualizado em 04 de setembro de 2018

|

POR Redação

O melasma é uma doença de pele caracterizada pelo surgimento de manchas escuras na pele, principalmente na parte superior do rosto. Essas manchas, que geralmente têm cerca de um centímetro de diâmetro, prevalecem mais em mulheres e podem ser causadas por exposição a radiações ultravioleta e infravermelha, alterações hormonais (como menopausa e mudanças no ciclo menstrual), poluição ou até por fatores hereditários.

Trata-se de um problema crônico que pode ser controlado, mas que exige tratamento contínuo para prevenir o ressurgimento das manchas.

Como o melasma evolui?

Justamente por ser um distúrbio crônico, o melasma pode reaparecer se não houver o devido cuidado. O melasma na gravidez, por outro lado, é geralmente desencadeado pelas alterações hormonais típicas deste período, e por isso não costuma surgir antes dos 6 meses de gestação. Mas nem toda mulher grávida que necessariamente terá a doença.

Nesses casos, a regressão espontânea costuma acontecer após o parto, podendo demorar alguns meses para que a pele volte à cor normal.

Entretanto, na maioria das mulheres que são afetadas pelo problema, a pigmentação escura na pele persiste por algum tempo, sendo indicado o tratamento para clarear as manchas e evitar que elas retornem.

Quais os principais tratamento para melasma?

Os tratamentos para melasma dividem-se em duas categorias: tópicos e abrasivos.

  • Os tratamentos tópicos podem ser a monoterapia (hidroquinona) ou a terapia combinada (hidroquinona, retinoide e corticoide, por exemplo). Estes últimos são mais efetivos e considerados de primeira linha;
  • Já os tratamentos abrasivos são peeling químico e tratamento a laser.

Novos hábitos também contribuem

Existem diversos fatores que podem estar envolvidos no surgimento do melasma, então é difícil prever quando as manchas vão aparecer. Porém, é possível controlar o problema e até mesmo prevenir que manchas futuras apareçam.

Como já vimos, o papel da radiação solar no surgimento do melasma é de grande importância. Por isso, atentar-se a isso também deve fazer parte do tratamento. O aumento das manchas do melasma na pele é observado quase inevitavelmente após a exposição descontrolada à luz solar. Da mesma forma, o melasma tende a diminuir quando se evita o sol.

Assim, recomenda-se não ficar exposto ao sol sem o uso de filtro solar com FPS menor que 30. Isso, claro, quando a exposição ao sol for realmente inevitável. Entretanto, em alguns casos é necessário evitar até mesmo a exposição a qualquer tipo de fonte de radiação UV — o que inclui lâmpadas de ambientes internos e o mormaço típico de dias quentes.

Em mulheres com mais idade, o melasma também pode estar ligado à menopausa ou até mesmo à terapia de reposição hormonal (principalmente a que envolve a reposição de testosterona também). Nestes casos, recomenda-se conversar com um especialista para saber o que pode ser feito para aliviar o melasma.

Já em mulheres mais jovens, o uso de anticoncepcionais orais também pode estar relacionado aos episódios de aparecimento dessas manchas escuras na pele. Da mesma forma, é bom conversar com um ginecologista para entender se é necessário interromper o uso da pílula e por quanto tempo.

Há indícios de que alguns medicamentos para epilepsia também possam desencadear melasma. Se for o caso, é importante consultar um especialista para verificar a possibilidade de trocar o remédio por outro que não provoque esse tipo de efeito colateral.

Cremes ajudam?

Existem alguns cremes dermatologicamente testados que auxiliam no clareamento das manchas escuras do melasma. Elas não vão sumir por completo, mas podem ser disfarçadas.

O uso dos cremes, porém, devem ser aprovados por um especialista. Geralmente, sente-se os primeiros resultados após alguns meses de tratamento.

Ácido retinoico pode ajudar, mas é importante primeiro entender o que está provocando o melasma, como são as manchas e há quanto tempo elas têm aparecido. Tudo isso influencia na escolha do creme ideal para seu caso.

A importância do protetor solar para a pele

Nós já sabemos há alguns bons anos que o uso de protetor solar é de de extrema importância para evitar os efeitos negativos da radiação ultravioleta emitida pelo sol em nossa pele. Hoje, sabe-se também que essa medida também é essencial para prevenir novos episódios de melasma e impedir o agravamento do quadro.

Os dois tipos principais de radiação ultravioleta são os tipos UVA e UVB. A principal fonte de UVA é a luz solar, mas ela também pode ser emitida por:

  • Lâmpadas fluorescentes;
  • Fotocopiadoras;
  • Camas de bronzeamento;
  • Clarões e faíscas de solda;
  • Monitores de computador.

As fontes de UVA devem ser evitadas por quem apresenta melasma, mas é importante consultar um especialista para entender como proceder nestes casos — uma vez que a exposição é quase sempre inevitável.