Autoexame da mama: jeito rápido de identificar o câncer

Atualizado em 26 de junho de 2018

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POR Marina Zyrianoff

Todo médico fala e não cansa de repetir: quanto mais cedo diagnóstico do câncer for feito, mais eficaz poderá ser o tratamento. Com o câncer de mama, claro, não é diferente — se identificado ainda em estágio inicial, as chances de cura são superiores a 90%.

E o único jeito de se detectar precocemente este tipo de câncer, que é o que mais mata mulheres no mundo, é fazer exames com regularidade, a começar pelo autoexame da mama.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 25% dos casos de câncer em mulheres são de mama. No Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo mais comum entre elas — atrás apenas do câncer de pele não melanoma –, correspondendo a 28% dos novos casos a cada ano.

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Autoexame da mama

O famoso autoexame da mama é a maneira mais rápida de identificar se existe algo diferente com seu corpo. Como o próprio nome diz, ele é feito por meio do toque para sentir se existem caroços, nódulos ou pequenas lesões na região dos seios.

É importante ressaltar, porém, que o autoexame da mama não é suficiente para confirmar ou afastar 100% a possibilidade da doença.

Além de ficar atenta a outros sintomas, como irritação na pele, dores nos mamilos, vermelhidão nas mamas e saída de secreção, entre outros, é necessário procurar um médico especializado para que sejam realizados exames de laboratório capazes de detectar a presença do câncer, como a mamografia.

Quando o autoexame da mama não é suficiente para fazer o diagnóstico?

A incidência de câncer de mama é muito maior em mulheres do que em homens, mas mulheres mais velhas, geralmente acima dos 40 anos, são as que têm mais chances de desenvolver a doença.

Apesar disso, é preciso estar atenta aos sintomas desde muito tempo antes, principalmente se você tiver histórico de câncer de mama na família. No geral, você pode seguir as recomendações abaixo, baseadas em faixas etárias, para saber o que deve ser feito para identificar rapidamente o tumor. Veja:

  • Para mulheres de até 20 anos, o indicado é fazer o autoexame da mama mensalmente, cerca de oito dias após o início da menstruação — 90% dos tumores são detectados pela própria paciente neste período.
  • Já as mulheres que têm entre 21 e 40 anos, além de fazer o autoexame também devem procurar um especialista para fazer a mamografia ou outro exame de imagem pelo menos uma vez a cada três anos.
  • Já mulheres acima dos 41 anos devem fazer o exame anualmente.

Apesar da incidência do câncer de mama em homens ser bem menor — a cada 100 casos, 1 acontece em homens –, é importante fazer o autoexame só por precaução, principalmente os que estão acima da faixa dos 50 anos.

Outra coisa: conhecer o seu histórico familiar é fundamental. Se você tem algum parente que já foi diagnosticado com câncer de mama no passado, a realização do autoexame da mama e dos exames laboratoriais são ainda mais importantes.

A recomendação é de que uma mulher que teve caso de câncer de mama em algum parente de primeiro grau — mãe, irmã e/ou filha — deve começar a fazer os exames regularmente 10 anos ANTES da idade em que essa parente foi diagnosticada.

Isto é: se uma mulher recebeu o diagnóstico aos 40 anos, sua filha deve começar a fazer mamografias anualmente desde os 30.

Mas atenção: mamografias antes dos 25 anos não são recomendadas pelos médicos, pois até essa idade a mama ainda é muito suscetível à radiação. Então mesmo que você tenha algum parente direto que tenha sido diagnosticado aos 30, é importante esperar até os 25 para fazer o exame pela primeira vez.

E depois do autoexame da mama, vem o quê?

Como dissemos, o autoexame da mama não é suficiente para confirmar ou afastar o diagnóstico de câncer, e isso acontece porque a doença algumas vezes pode não manifestar sintomas.

Nestes casos, exames de rastreamento são importantes, como a própria mamografia, ressonância magnética, ecografia e outros exames de imagem.

Além deles, também é necessário fazer a biópsia de uma parte de tecido retirado da mama para identificar se as células são tumorosas mesmo ou não.

Lembre-se: é muito importante estar familiarizada com seu corpo. Assim, quando você tocar suas mamas novamente, conseguirá identificar rapidamente se há algo de diferente ou suspeito.