Há 40 anos, não se sabia com exatidão a importância da distribuição da gordura corporal. Aos poucos foi ficando claro que a gordura intra-abdominal, ou visceral, era a grande vilã pois estava relacionada a inúmeras doenças crônicas e, hoje em dia, sua avaliação é a mais importante em termos de saúde.
Os principais riscos são associados principalmente às seguintes doenças metabólicas:
- Diabetes
- Colesterol e triglicérides elevados
- Hipertensão
- Excesso de ácido úrico
- Doenças cardiovasculares (infarto, por exemplo)
- Também há uma grande associação com vários tipos de câncer, como de mama, endométrio, próstata e cólon.
Como medir a cintura e o quadril?
- Tamanho da Cintura (altura do umbigo)
- Tamanho do Quadril (medir na parte mais larga do quadril)
Cintura: a medida no maior perímetro abdominal entre a última costela e a crista ilíaca (osso da bacia), segundo recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Medir na altura da cicatriz umbilical é o que mais se aproxima dessa ideia.
Quadril: um dos locais mais difíceis, pois não é bem delimitado e tem muitas variações estruturais individuais. A medida do quadril seria o seu maior diâmetro, com a fita métrica, passando sobre os trocânteres maiores – os ossos que sentimos se apalparmos os “culotes”.
A dificuldade é encontrar essas referências ósseas em pessoa obesas. Por isso, na prática, utiliza-se muito mais a circunferência abdominal do que a relação cintura quadril.
A justificativa
Apesar da RCQ poder mostrar que o peso não tem proporcionalmente tanta gordura abdominal, o que mais interessa é a existência da própria gordura abdominal ou não. Portanto, a medida da circunferência abdominal reflete melhor o conteúdo de gordura visceral do que a RCQ, e também se associa muito à gordura corporal total.
Pode-se usar a Calculadora de IMC que é útil para definições de normalidade, sobrepeso e obesidade.
A OMS considera a RCQ um dos critérios para caracterizar o risco de ter doenças associadas à obesidade visceral, com valores de corte de 0,90 para homens e 0,85 para mulheres.
Fonte: Dr. Wilmar Accursio – Endocrinologista e Nutrólogo – CRM 37365-SP