Ataque cardíaco é cada vez mais comum em jovens: 6 fatores explicam

Atualizado em 13 de agosto de 2019

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POR Ligia Lotério

Ataques cardíacos estão atingindo cada vez mais pessoas com menos de 40 anos, de acordo com pesquisa apresentada na 68ª Sessão Científica Anual do American College of Cardiology.

O documento ainda descobriu-se que uma em cada cinco pessoas que sofre infarto é jovem e que esta proporção aumentou 2% nos últimos 10 anos. Entenda:

Risco de infarto antes dos 40 anos

O estudo inédito, que analisou 2.097 homens e mulheres de 2000 a 2016, comparou indivíduos de 41 a 50 anos com aqueles com menos de 40 anos e sobreviventes de ataques cardíacos.

“Costumava ser muito raro alguém com menos de 40 anos ter um ataque cardíaco, mas agora algumas dessas pessoas estão na faixa dos 20 ou 30 anos”, alerta o cardiologista Ron Blankstein, do Brigham and Women’s Hospital e autor sênior do estudo.

Além disso, os pacientes jovens têm a mesma chance de complicações que os mais velhos, incluindo Acidente Vascular Cerebral (AVC) e morte por segundo infarto.

Para Blankstein, a idade já não é um fator de proteção: “Se você tem 20 ou 30 anos e já apresentou ataque cardíaco, corre risco de ter outros problemas cardiovasculares tanto quanto pessoas mais velhas”.

Causas

Fatores de risco tradicionais para ataque cardíaco, incluindo diabetes, pressão alta, tabagismo, história familiar de ataque cardíaco prematuro e colesterol alto, foram semelhantes entre os dois grupos.

No entanto, pacientes mais jovens eram mais propensos a relatar abuso de substâncias, incluindo maconha e cocaína, embora consumissem menos álcool.

Apesar dos resultados, a maior parte dos eventos cardíacos pode ser prevenida com a detecção precoce de doenças e mudanças agressivas no estilo de vida.

“Meu melhor conselho é evitar tabaco, fazer exercícios regulares, ter uma dieta saudável para o coração, evitar diabetes, bem como controlar o peso, a pressão arterial e o colesterol. Além disso, fique longe da cocaína e da maconha porque elas não são necessariamente boas para o coração”, ressalta o cardiologista.