Modelo mostra rosto machucado após tratamento com laser: “mal conseguia enxergar”

Atualizado em 13 de agosto de 2019

|

POR Ligia Lotério

A modelo britânica Alexandra Cane enfrenta complicações após realizar um tratamento com laser CO2 fracionado. Nas redes sociais, ela contou detalhes e exibiu fotos impressionantes de seu rosto após o procedimento. Entenda o caso e saiba quando reações do gênero podem ocorrer e o que fazer para evitá-las:

Modelo mostra rosto a machucado após laser

A estrela do reality show Love Island, de 27 anos, revelou em seu Instagram Stories que uma sessão de laser CO2 fracionado a deixou com o rosto tão inchado que mal conseguia enxergar.”Perguntei a mim mesma ‘O que diabos eu fiz?'”, desabafou na rede social.

Quando questionada sobre o incômodo que sentia, Alexandra disse que se pudesse classificar a dor em uma escala de 1 a 10 – sendo 1 amena e 10 intensa – seria 8.

Pele lesionada de Alexandra Cane.
Reprodução/Instagram alexandralouise__

Segundo ela, sua pele deveria voltar ao normal uma semana após o procedimento, mas logo depois se contradisse dizendo que, segundo seu consultor de beleza, era esperado que ficasse daquele jeito.

A maquiadora ainda explicou que a aparência das lesões é comparável a “queimaduras graves” e as trata com produtos de limpeza e hidratantes indicados pelo seu consultor, além de antibióticos para ajudar no processo de cura e prevenção de infecções.

Laser CO2 fracionado é perigoso?

Segundo a dermatologista Rossana Vasconcelos, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o laser de CO2 fracionado é um tratamento que visa o rejuvenescimento cutâneo, sendo comumente usado no tratamento de rugas, flacidez e cicatrizes.

Por ser ablativo, acaba gerando certo dano na pele para promover a posterior regeneração. “Ele forma microzonas de necrose de coagulação que estimulam a criação de colágeno novo”, conta.

Geralmente, o tratamento gera vermelhidão e até mesmo inchaço, contudo, danos excessivos à pele, como no caso de Alexandra Cane, não são normais. “Provavelmente são fruto de infecções secundárias – que ocorrem quando não há assepsia correta, parâmetros inadequados no laser ou falta de cuidados após o procedimento, visto que a ablação deixa a pele muito mais exposta a bactérias, vírus e fungos”, analisa.

Como evitar complicações?

Tanto no CO2 fracionado quanto em outros tipos de laser, as complicações podem acontecer por erro de indicação, diagnóstico, manuseio inadequado, parâmetros excessivos ou falta de cuidado posterior.

Assim, para evitá-las é indicado somente realizar o tratamento com dermatologistas associados à Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Um bom profissional dará orientações sobre o que usar e evitar após o procedimento, assim como indicará medicamentos preventivos contra infecções secundárias, como o herpes.

Quem pode fazer?

O laser CO2 fracionado pode ser aplicado para diversas finalidades, devido a possibilidade de regulagem de sua intensidade, que deve ser individualizada.

No caso da modelo, a dermatologistaRossana explica que provavelmente não era necessário um procedimento com tanta ablação. “Isso daria uma recuperação mais tranquila e reduziria o risco de infecções”, conta.

Além disso, dependendo do tipo de pele não se deve usar laser com energia alta, como no caso de pessoas que fizeram ritidoplastias, têm infecções prévias ou apresentam melasma.