O que muda no corpo ao deixar de ser sedentário

Atualizado em 11 de setembro de 2019

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POR Camila Brogliato

Imagine um corpo após anos de sedentarismo. Para ele, o pouco movimento é natural, certo? Afinal, ele está acostumado a trabalhar com pouco estímulo externo em forma de exercício, ficando mais “preguiçoso”.

Mas quando começa a ser estimulado por atividades físicas, passa a ter a necessidade de se adaptar a uma nova realidade: a do movimento constante.

Com isso, se vê obrigado a realizar diversas mudanças fisiológicas para suportar a nova realidade e deixar de ser sedentário. Além de queimar mais gordura, aumentar seus tecidos musculares e manter o cérebro mais focado, a prática de esportes abre ao corpo novas portas para que seja uma máquina bem mais eficiente.

5 adaptações fisiológicas que ocorrem ao deixar de ser sedentário

1. Adaptações cardiovasculares

Com o exercício, há um aumento do músculo cardíaco e de suas cavidades, tornando mais efetiva a saída do sangue para a circulação — o que favorece o trabalho de todo o corpo e deixa o coração mais forte.

O exercício estimula, ainda, o crescimento de novos vasos sanguíneos, diminuindo a pressão arterial.

2. Adaptações neurais

Após o corpo deixar de ser sedentário, o cérebro passa a ter um fluxo mais intenso de sangue, o que funciona como um turbo para as células cerebrais.

Com isso, elas trabalham mais e nos deixam mais focados durante e após a atividade física. Há, ainda, um aumento na produção de neuro-hormônios e neurotransmissores, como a dopamina (sensação de prazer e bem-estar) e a serotonina, neurotransmissor conhecido por seu papel no humor e na depressão.

3. Adaptações endócrinas

O organismo passa a ser mais responsivo à insulina, favorecendo o desenvolvimento muscular. Produz, também, mais endorfina, que é eficaz no combate ao estresse, na melhora da memória, do bom humor, da disposição física e mental e do sistema imunológico.

4. Adaptações pulmonares

Os alvéolos — responsáveis pela captação do oxigênio e eliminação do CO2 — passam a ser mais estimulados, tornando-se mais eficientes na troca gasosa. Quanto mais adaptado ao esforço, menor será a sua frequência respiratória e melhor será o rendimento.

5. Adaptações musculares

Mais sangue é bombeado para atender aos músculos com oxigênio. Nesse processo, as células musculares se tornam mais ativas e as fibras musculares, rompidas durante o exercício, crescem mais fortes e resistentes.

Quanto mais adaptada ao exercício, melhor a musculatura irá utilizar as reservas energéticas do corpo e mais efetiva ela será também durante os treinos.

Longe do sedentarismo, o corpo rende melhor energeticamente, fica mais magro e forte, o sistema vascular fica mais efetivo, você fica mais feliz e seu coração, mais saudável.

 

(Matéria publicada na edição #150, da revista O2, e adaptada para o site Ativo Saúde)