Sintomas de câncer de pulmão e como tratá-los

Atualizado em 11 de novembro de 2019

Por: Dr. Artur Malzyner

ONCOLOGISTA | CRM 20456

Câncer de pulmão é o tumor mais comum em todo o mundo, com maior número de ocorrências e mortes. Estima-se que cerca de 13% de todos os casos novos de câncer sejam de pulmão que, desde o fim do século XX se tornou uma das principais causas evitáveis de morte.

O que pode causar?

Dentre os fatores de riscos associados ao desenvolvimento do câncer de pulmão, o tabagismo é o mais importante, sendo responsável por 90% dos casos da doença. O risco de um fumante desenvolver câncer de pulmão é de cerca de 20 a 60 vezes maior que o risco de um não fumante, enquanto que para o tabagista passivo, o risco é de pelo menos três vezes mais que o de uma pessoa não exposta à fumaça do cigarro

Outros fatores mais raramente associados são a exposição a certas substâncias químicas (radônio, arsênico, cromo, níquel, fuligem e amianto), poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, doença pulmonar obstrutiva crônica – enfisema pulmonar e bronquite crônica – fatores genéticos e história familiar de câncer de pulmão.

Quais são os sintomas de câncer de pulmão?

O diagnóstico precoce da doença é dificultado pelo aparecimento de sinais e sintomas apenas em estágios mais avançados, os quais pode ser tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, falta de ar, chiado no peito ou rouquidão, crises repetidas de bronquite ou pneumonia, perda de apetite ou de peso inexplicáveis e fraqueza ou cansaço.

É importante ressaltar que sintomas decorrentes de um câncer de pulmão em geral sinalizam uma moléstia já mais avançada com prognóstico consequentemente pior.

Como tratar?

O tratamento do câncer de pulmão requer a participação de um grupo profissional multidisciplinar, composto por oncologista, cirurgião torácico, pneumologista e radiologista, além do diagnóstico histológico e o estadiamento para definir se a doença está localizada no pulmão ou se existem focos em outros órgãos. A doença localizada geralmente é tratada com cirurgia, seguida ou não de quimioterapia e radioterapia. Para a doença mais avançada, a quimioterapia e radioterapia são os principais tratamentos, e em aproximadamente 40% dos pacientes apresenta alguma mutação de genes (exemplo: gene EGFR, ALK, BRAF, HER2, etc) que levam a diante o câncer, e que podem ser bloqueadas por inibidores específicos.

Os muitos casos produzidos por fatores poluentes externos, que geram múltiplas aberrações genicas, e, portanto, mais provável de serem reconhecidos como “corpos estranhos”, passaram a receber o beneficio da nova imunoterapia, tratamento este voltado a desinibir o sistema de defesa do corpo e conseguir atacar e estabilizar um câncer já presente, traduzindo-se no maior progresso conhecido na oncologia de anos recentes.

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