Roncar não é normal: veja o que causa e riscos

Você já teve a sensação de que seus dias não estão rendendo como antes? Ou sentiu muita fadiga, cansaço e até mesmo vontade de cochilar durante o expediente? Esses sinais podem ser fruto uma noite mal dormida devido ao ronco, que pode ser muito mais do que somente uma obstrução das vias respiratórias. Entenda:

O que causa ronco?

O ronco geralmente está associado à Síndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono  (SAHOS), que também é conhecida como apneia do sono. Esse distúrbio é provocado pela obstrução dos canais respiratórios, o que resulta na diminuição drástica do fluxo de ar que pode até mesmo causar obstrução completa. Preocupantemente, paradas respiratórias com duração maior de 10 segundos são consideradas patológicas.

Consequências e riscos

As consequências mais comuns do ronco são cansaço e sonolência durante o dia. Também pode haver redução da memória, dificuldade para assimilar novas informações, irritabilidade e labilidade emocional.

O ronco, juntamente com a apneia do sono, pode ter consequências importantes, como problemas no coração, tais como hipertensão arterial, arritmia cardíaca, doença coronariana e insuficiência cardíaca.

Os idosos são os mais afetados pela apneia. Eles naturalmente acumulam acometimentos cardiovasculares, respiratórios e metabólicos comuns ao envelhecimento. No entanto, quando soma-se à apneia do sono, há agravamento dos sintomas e a enorme piora das consequências torna-se realidade, podendo até mesmo resultar em morte súbita.

Roncar é normal?

Roncar todos os dias nunca é normal, e em crianças não é diferente. Os pequenos podem desenvolver SAHOS e ter o ronco como principal sintoma, o que pode gerar consequências como a diminuição da liberação de GH, o hormônio do crescimento, pois a liberação para o sangue ocorre somente durante o sono. Isto pode comprometer seriamente o processo de crescimento.

O diagnóstico de doenças respiratórias associadas ao ronco ocorre por meio de uma consulta com otorrinolaringologista e do exame de polissonografia, que é indolor e consiste na análise da qualidade de sono, incluindo eventos respiratórios e neurológicos.

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