Dicas para prevenção de quedas na terceira idade

Atualizado em 11 de novembro de 2019

Por: Flávia Dumangin

FISIOTERAPEUTA

O aumento da população idosa é uma conquista, mas ao mesmo tempo um desafio, já que o envelhecimento traz condições típicas dessa faixa etária, como a instabilidade postural. A ocorrência de quedas é comum, mas não é normal do envelhecimento.

Por definição, a queda é “um evento não intencional que tem como resultado a mudança da posição do indivíduo para um nível mais baixo, em relação a sua posição inicial” (Congresso Paulista de Geriatria e Gerontologia, 1998). É importante prevenir as quedas, pois suas consequências podem ser graves, como fraturas ósseas (principalmente fêmur e punho) e traumas cranianos.

Mesmo quando os ferimentos de uma queda são leves, as consequências psíquicas envolvem medo, fazendo o idoso diminuir progressivamente sua mobilidade, aumentando o risco de queda.

Consequências das quedas

As consequências da queda podem ser funcionais e psicossociais. As funcionais são perda da independência e mudança de comportamento, já as psicossociais incluem medo, sensação de impotência, desgaste emocional, depressão, diminuição da autoestima, vergonha e menos otimismo em relação ao futuro.

A equipe multidisciplinar é capaz de promover reabilitação e redução do risco de queda ao idoso. Profissionais envolvidos nesse processo incluem médico, enfermeiro, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e arquiteto gerontólogo.

Como evitar quedas na terceira idade

Os fatores de risco para as quedas podem ser intrínsecos, medicamentosos ou extrínsecos. Os intrínsecos ocorrem quando o problema é inerente à saúde do indivíduo. Já os fatores medicamentosos estão ligados ao consumo que o indivíduo faz. Por fim, os extrínsecos são as condições que o idoso está inserido.

A maioria das quedas ocorre dentro do ambiente doméstico devido a fatores extrínsecos, como tapetes, piso escorregadio e uso inadequado de calçados. Contudo, alguns fatores intrínsecos e medicamentosos podem gerar quedas, como distúrbios do equilíbrio, fraqueza, alteração da marcha, entre outros.

Os profissionais envolvidos na adoção de medidas preventivas trabalham em conjunto para forma a tornar o ambiente mais seguro para o idoso.

Inicialmente, é feita avaliação física dos idosos e análise de cada cômodo da casa, a fim de eliminar riscos potenciais de acidentes. A cozinha e o banheiro são os ambientes mais perigosos.

Embora as adaptações sejam necessárias, não devem descaracterizar o ambiente que o idosos tem apreço. Veja  exemplo de algumas medidas preventivas:

  • Piso da cozinha e do banheiros deve ser antiderrapante;
  • Se possível, deve-se colocar barras de segurança na parede do interior do box e ao lado do vaso sanitário;
  • O vaso deve ter suporte para aumento de altura;
  • Fechaduras devem ser fáceis de manusear, trocando as que são redondas;
  • Sofás, poltronas e cadeiras devem ser firmes com antebraços;
  • Vale inserir uma grade removível na lateral da cama;
  • Caso haja escadas, inserir corrimão em ambos os lados.

É importante procurar profissionais capacitados para adequar o ambiente e deixá-lo seguro. Existem muitas dicas e intervenções a serem feitas para que o dia a dia do idoso seja seguro, com autonomia, independência e qualidade de vida.

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