Órgãos e emoções: qual é a relação com doenças?

Atualizado em 11 de novembro de 2019

Por: Beatriz Guntzel

FONOAUDIÓLOGA

As emoções existem para que consigamos transmutá-las em busca de mais equilíbrio dentro da nossa rotina, história pessoal e biografia, deixando-a bem mais natural e leve do que o habitual. O primeiro passo é a consciência.

Relação entre órgãos e emoções

Coração e o intestino delgado

De acordo com a Medicina Chinesa, os órgãos trabalham em par, então o coração e o intestino delgado carregam as emoções da alegria e da tristeza, do elemento Fogo.

Se se está com um equilíbrio espontâneo entre os dois órgãos, há harmonia, independente de se estar alegre ou triste; Todavia, se está exageradamente alegre, pode haver euforia que, por sua vez, gera ansiedade, insônia e taquicardia.

Na outra ponta, se há uma consciência patológica da tristeza, pode-se caminhar para o temido quadro da depressão. Assim sendo, tanto na alegria como na tristeza, podemos e devemos buscar a harmonia.

Estômago, baço e pâncreas

Esses órgãos pares são  representados pela energia do elemento Terra.

O estômago faz a digestão não só dos alimentos, como pensa no senso comum, mas também tudo o que passa pela mente consciente. Ele é carregado pela energia da preocupação.

Se eu tenho uma emoção natural, fico observando os meus pensamentos e ‘converso’ com a minha mente, assim: “Ok, mente. Você está apenas fazendo o seu trabalho que é o de pensar incessantemente”.

Porém, se fico neste excesso de pensamentos, isso gera confusão, o que pode desequilibrar baço, pâncreas e estômago, gerando comorbidades e outros transtornos físicos, como a diabetes.

Pulmão e intestino grosso

Seguindo, vamos falar do pulmão e do intestino grosso. Estes órgãos trazem a energia da emoção do Pesar, do Luto (elemento Metal).

Se passo por um problema pessoal, como a perda de alguém querido, de um negócio ou mesmo dinheiro, preciso viver este pesar, logicamente, mas não posso me demorar muito. Caso contrário, se fica carregado, desintegrado e despedaçado.

Se a pessoa levar a energia do luto, por exemplo, aos pulmões, de maneira inconsciente, há o aumento da quantidade de fluídos por lá, ocasionando bronquite e pneumonia, por exemplo. Já no intestino grosso, pode-se ter dificuldade em desapegar das fezes, causando constipação. Assim sendo, se estamos em um estado de consciência natural daquele luto, observamos nossa perda natural e desapegamos.

Rins e bexiga

Estes órgãos acolhem a emoção do Medo, que tem um vínculo direto com o elemento Água, pela Medicina Chinesa.

Se estou em uma consciência natural do medo, eu simplesmente decido. Todavia, se tenho medo patológico, ao invés de eu decidir algo, fico frágil e paralisado. Tenho um colapso, podendo desenvolver, por exemplo, pedras nos rins –, aquela água da urina que os rins acabam filtrando fica ali estagnada em forma de pedrinhas.

Falando mais sobre o rim, este órgão carrega a energia da força de vontade – vontade de sobrevivência e procriação.

Fígado e vesícula biliar

Por fim, os dois órgãos abrigam a energia da raiva, representada pelo elemento madeira. Tudo o que preciso decidir, é movimentado pela raiva. Quando uma pessoa resolve, por exemplo, finalizar um relacionamento, pedir um aumento ou sair de um emprego, é o movimento natural da raiva que dá conta disso.

Agora, se a pessoa não está em equilíbrio com a sua raiva, a tendência é de se vitimizar, paralisar e até ter uma crise nervosa, uma estagnação. E como o figado é o ‘parzinho’ da vesícula biliar, as conhecidas pedras na vesícula podem sinalizar esta estagnação, dentre outras patologias.

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