A escola é o segundo ambiente mais frequentado pela criança, visto que passam pelo menos cinco horas por dia dentro dela. Algumas, inclusive, batem 10 horas no mesmo ambiente.
Em época de matrículas e rematrícula das escolas é natural que pais ponderem mudar seus filhos de instituições. Este assunto é tão frequente e importante que elaborei uma lista de ideias que não podem faltar quando o assunto é escolher a melhor escola:
- Pense no trajeto: nenhuma escola é boa o suficiente pra justificar que a criança seja submetida a horas de trânsito. Esse tempo é precioso pra brincar, criar e fazer exercícios.
- Nenhuma escola define o futuro de uma criança: o que faz isso é seu desenvolvimento emocional, o qual depende de todos os ambientes frequentados, inclusive os virtuais.
- Escolha uma escola que não atrapalhe o desenvolvimento de seu filho: isso é sério, já que não atrapalhar já está bom demais. Se ele for se destacar na vida, certamente não será pelo nome da escola e muito menos pelas notas do boletim da quinta série. Na história, é possível ver centenas de exemplos disso.
- Saiba o momento certo: se você pretende que seu filho estude fora do País, espere o momento certo para falar sobre isso. Não é incomum ver crianças de cinco anos assustadas, ansiosas e até tristes por achar que vão sair do País e se separar dos pais na semana seguinte.
- Deixe seu filho ter tempo livre: se ele for um gênio, você corre o risco de não ficar sabendo pelo simples fato de ele não ter chance, tempo ou vontade mostrar seus talentos. Muitos gênios passam a vida massacrados por excesso de tarefas.
- Tireo-o da frente do computador: o excesso de tela já é danoso e, quando aliado à velocidade de troca de imagens e à publicidade infantil, se torna ainda mais lesivo. Isso é mais protetor do que qualquer método pedagógico de qualquer escola.
- Não se baseie na experiência de outras pessoas: conheça, visualize seu filho nela e arrisque caso sua intuição indique a melhor opção. Se a escolha não se mostrar boa, não se culpe: faz parte! A gente cresce errando e nos adaptando e essa é uma excelente chance para a criança aprender o mesmo.
- Não existe escola perfeita: quanto mais respeitarmos as imperfeições dos envolvidos com nossos filhos, mais eles aprenderão.
- Não julguem os pais: aos gurus e profissionais da educação, eu peço que não julguem os pais. Eles são o tempo todo julgados como permissivos ou negligentes e isso não ajuda em nada. Precisamos de menos julgamento e mais empatia. Falas inadequadas causam danos emocionais às famílias e quem sai perdendo é a criança. Na dúvida, encaminhe a família para um especialista.
- Busque segurança na escolha da escola: se os pais estiverem seguros e satisfeitos, as chances de terem escolhido a melhor escola para a criança aumentam muito.