Dicas de endocrinologista para ter uma gravidez tranquila e saudável

Quem pensa em engravidar deve seguir algumas dicas importantes para ter uma gravidez tranquila. Veja as principais do ponto de vista endocrinológico:

Dicas para uma gravidez tranquila

Procure um endocrinologista

Procure um endocrinologista e, se possível, um nutricionista para checar seus hormônios, o que inclui a vitamina D, e controlar seu peso – visto que o excesso pode levar a quadros de resistência à insulina, pré-diabetes e diabetes, assim como facilita eclâmpsia e pré-eclâmpsia.

Cuidado com o peso

Muitas pacientes gordinhas perguntam se podem emagrecer durante a gestação. A resposta é sim. A dieta será adequada para a idade gestacional e visa evitar engordar ou até emagrecer. Deste modo, pode-se acabar a gravidez com um peso melhor do que antes dela, além de diminuição do risco das doenças acima.

De olho na insulina

Além disso, a gestação tem predomínio de um hormônio que é essencial para mantê-la: a progesterona. Ela compete com a insulina, que joga açúcar para dentro da célula e informa ao cérebro que pode parar de comer.

Gestantes gordinhas, com histórico de diabetes na família e/ou portadoras de ovário policístico têm tendência de desenvolver resistência à insulina, pré-diabetes e diabetes, pois passam a desenvolver um defeito neste mecanismo de alimentar as células se houver falta de dieta adequada, o que atrapalha a gravidez tranquila.

Cuide da tireoide

Pessoas que têm histórico familiar ou pessoal de doença da tireoide (hiper ou hipotireoidismo) devem fazer acompanhamento mensal com endocrinologista para corrigir oscilações, trocando ou diminuindo remédios bloqueadores no hipertireoidismo ou aumentando hormônio da tireoide no hipo.

Ainda há risco de a mulher desenvolver hipotireoidismo durante a gravidez visto que há aumento da necessidade dos hormônios (mãe tem de suprir o bebê). Caso isso não seja olhado com cautela, pode resultar em aborto espontâneo, parto prematuro, baixo crescimento fetal ou retardo mental.

Cheque níveis de vitamina D

Não esquecer de checar vitamina D, que, se baixa, pode aumentar a chance de resistência à insulina, pré-diabetes e diabetes, assim como maior incidência de pré-eclâmpsia e eclampsia, além de gerar fetos com ossos fracos.

Mulheres com falta de vitamina D, podem apresentar diminuição da imunidade, ficando mais sujeitas a infecções bacterianas e virais.

Como conseguir?

A maior parte da vitamina D do organismo vem da exposição solar sob a ação dos raios ultravioleta na pele e uma pequena parte vem da dieta. Devemos lembrar que o uso de protetor solar impede a passagens dos raios solares UV pela pele, evitando a  conversão da vitamina para a forma ativa no organismo.

Na impossibilidade de exposição, deve-se administrar reposição por meio de suplementos orais, pois a ingestão de alimentos fontes de vitamina D está cada vez menor, como no caso do salmão criado em cativeiro e dos óleos de fígado de peixes.

Atenção ao ômega-3

O ômega-3 auxilia no equilíbrio de gorduras quando nos referimos a ômegas 3, 6 e 9, o que é benéfico na diminuição de processos inflamatórios durante o período gestacional.

Ele também atua na formação da retina e do tubo neural do bebê, bem como mantém a placenta saudável.

Fibras são importantes

A fibras são indispensáveis para gravidez tranquila, já que é comum as gestantes se queixarem de intestino preso. Ingerir alimentos integrais, frutas com casca, legumes e verduras todos os dias e em todas as refeições faz com que esse desconforto se amenize ou até mesmo desapareça.

As fibras promovem maior sensação de saciedade, ajudando a controlar o apetite e também a manter os níveis de glicose no sangue adequados.

Hidrate-se

É importante ingerir muita água durante o dia para obter todos os benefícios que a fibra promove: pelo menos 2 litros ou 8 copos.

Necessidades de ferro

Durante a gestação, as necessidades de ferro para o crescimento do feto e da placenta são tão elevadas que as reservas maternas diminuem consideravelmente, principalmente em torno da 20ª semana. Como resultado, pode haver quadro de anemia e, por mais equilibrada que seja a dieta,  necessidade de suplementação.

Portanto deve-se ficar atento aos exames e ter uma alimentação e suplementação ajustada. As principais fontes de ferro são carne vermelha, vísceras, peixes, gema de ovo, cereais integrais (arroz, milho, aveia, etc), leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico, ervilha, soja), castanhas e nozes em geral, vegetais verde-escuros, etc.

Para melhorar ainda mais a absorção deste nutriente consuma alimentos ricos em ferro junto a fontes de vitamina C como suco de limão, laranja, caju, acerola, abacaxi, tangerina ou morango. Outra opção é regar alimentos ricos em ferro com gotas de limão.

Ácido fólico é essencial

Outro nutriente que não pode faltar para uma gravidez tranquila é o ácido fólico, importante para a prevenção de defeitos do tubo neural.

A recomendação é de que a suplementação seja feita três meses antes da concepção até a 28ª semana gestacional aproximadamente, ou conforme a recomendação médica.

Pratique atividades físicas

Vale lembrar a importância de fazer atividades físicas, que ajudam a manter o bom funcionamento intestinal, equilibrar os níveis de colesterol e glicose, prevenir diabetes gestacional, hipertensão, excesso de peso e ter uma gravidez tranquila.

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