Body Talk: terapia ajuda na comunicação dos nossos órgãos

Atualizado em 11 de novembro de 2019

Por: Beatriz Guntzel

FONOAUDIÓLOGA

O body talk é uma terapia bastante sofisticada e eficiente, que facilita a comunicação dos nossos órgãos, das nossas glândulas endócrinas, de todas as partes do nosso corpo, incluindo os ossos, os músculos e as células.

Nós temos a tendência de quando temos uma queixa física, por exemplo, uma dor de cabeça, logo pensar em algum fator externo: “estou com dor de cabeça porque trabalhei muito ontem”. Ou: “tenho esta dor no joelho porque meu pai tinha”.

Direcionando para questões apenas do ambiente, a gente olha para os sintomas do nosso corpo como alergias, endometriose, depressão, para as dores crônicas, como se fosse algo de fora do nosso corpo, quando na verdade está tudo ali dentro.

Como funciona o Body Talk?

Por que eu tenho de repetir, por exemplo, a dor crônica no joelho do meu pai? Por que eu tenho de manter esta mesma dor que ele tinha? Existe, sim, um vínculo genético, mas o body talk parte do princípio da epigenética.

O que isso quer dizer? Significa que questões do meu ambiente podem me equilibrar ou me desequilibrar. Então, é a epigenética que vai dizer se posso ter um organismo físico e mental equilibrado ou não. E ai entra questões como estilo de vida, hábitos alimentares, sono, ou seja, como toda a questão ambiental se relaciona com meu bem-estar interno.

Equilíbrio corporal

A premissa básica dele é que nosso corpo consegue se equilibrar sozinho, então, a gente tem uma sabedoria inata, que está em constante equilíbrio, chamado homeostase, que é o equilíbrio interno.

Darei um exemplo prático de homeostase. Quando a gente corta o dedo. A gente não precisa ficar com nossa mente consciente para que nossas células de cicatrização façam o seu trabalho de cura. As células sabem o que devem fazer. A gente nem pensa no assunto, pois as células sabem o que fazer.

Por que a gente adoece então? Porque existem situações em que nosso corpo não consegue se equilibrar e se curar sozinho mais, justamente pelas questões da epigenética, ou seja, por conta do nosso relacionamento com o nosso meio-ambiente. Aqui entram questões como exposição com ondas eletromagnéticas e toxicidade.

Neste ponto, nosso organismo não consegue se curar sozinho mais de estresse, insônia, bronquites, ansiedade e dores em geral. Precisamos de algo que melhore a comunicação das nossas glândulas endócrinas, de todas as partes do nosso corpo, com nossos cinco sentidos, com nossos nervos e com nossos ossos.

E é justamente isso que o body talk faz, ele melhora essa comunicação interna, de modo energético, com leves toques nos três cérebros: no topo da cabeça para chamar a atenção do cérebro mental para a nova mudança energética, no coração para armazenar a mudança, e toques na região do cérebro entérico (intestinos) para consciência de decisão e discernimento!

Trabalho da consciência

Além de ser uma abordagem energética, onde a pessoa sente na hora a melhora e alívio, é uma terapia que trabalha consciência, ou seja, por meio da queixa inicial, ele ajuda na compreensão do porquê daquela dor.

E ao ter consciência do que está desencadeando a minha dor, a minha insônia, o meu conflito pessoal, o meu desequilíbrio endócrino, a queixa que for, eu paro de culpar os outros do meu problema e assumo meu poder e a responsabilidade diante da minha questão pessoal. Eu acabo me apropriando e me empoderando do meu equilíbrio interno.

Eu paro de culpar o chefe das minhas dores de cabeça, paro de ter esta ‘lealdade’ com meu pai, em relação àquela dor no joelho e assim por diante.

Ao tomar consciência, eu assumo uma nova postura de vida diante daquela queixa e quem sabe este sinal que o corpo está dando pode ir embora.

Por fim, gostaria de dizer que o body talk não substitui nenhum outro procedimento médico ou da área de saúde. Ele apenas complementa. Ele pode se associar a outros sistemas de ajuda ao paciente para potencializar a eficácia dos tratamentos, promovendo respostas rápidas e seguras.

Espero ter ajudado.

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