Autoestima alta e baixa: como interfere na sua vida?

Atualizado em 11 de novembro de 2019

Por: Marilene Kehdi

PSICÓLOGA | CRP 06/65772

Tudo o que realizamos e conquistamos na vida passa pelo crivo da autoestima. Portanto, se a pessoa apresentar autoestima baixa, dificilmente conseguirá concretizar e produzir alguma coisa, pois não acreditará no próprio potencial, competência e capacidade.

A avaliação subjetiva de si mesma determina se a autoestima é baixa ou adequada, pois o sentimento de valor pessoal se manifesta em tudo. Entenda mais:

Autoestima positiva x negativa

Uma avaliação positiva fornece a sustentação necessária para que a pessoa enfrente os desafios e corrija os erros e falhas sem sucumbir, não permitindo se desestabilize e esmoreça diante dos desafios e adversidades da vida, por mais difíceis que sejam.

Reagimos aos acontecimentos da vida de acordo com nossas crenças (percepção e valores introjetados), então quando a autoestima é baixa a pessoa sucumbe ao menor obstáculo ou problema e sofre demasiadamente com culpa, pois não possui estrutura psicológica e emocional para enfrentar as situações menos favoráveis.

Quanto mais baixa a autoestima, maior será a autocrítica e o medo da rejeição. Por isso, pessoas com esse sentimento se boicotam e fogem das oportunidades pois acreditam que não darão conta delas. A baixa autoestima desencadeia uma série de consequências que interferem diretamente na saúde física e mental, na vida pessoal e profissional, bem como nos relacionamentos amorosos. Devido à grande carência que sentem, indivíduos assim se tornam dependentes emocionais, vivendo relações destrutivas numa busca incessante por elogios, aprovação, atenção e reconhecimento.

Quanto mais pessimista for o autoconceito e mais negativa for a percepção que a pessoa tiver de si mesma, mais os sentimentos de raiva e culpa irão se intensificar, podendo se estabelecer o quadro de depressão ou de outros transtornos psiquiátricos, inclusive alimentares – pois a baixa autoestima pode induzir à compulsão alimentar.

Como melhorar?

Muitas pessoas não sabem que é possível reconstruir e fortalecer a autoestima. No processo de desenvolvimento (infância) e ao longo da vida, várias situações impactantes e até traumáticas podem abalar e reduzir a autoestima, o que prejudica todos os aspectos da vida. Porém, isso pode ser corrigido por meio de tratamento adequado com psicoterapia.

O autoconhecimento é fundamental nesse processo pois ajuda a identificar a gênese, ou seja, a raiz da baixa autoestima, e, a partir daí, transformar crenças negativas – consideradas verdades absolutas– em valores positivos. Pequenas mudanças diárias podem fortalecer e ajudar o indivíduo nessa reconstrução, como reconhecer seus pontos fortes, entender os pontos fracos e evitar sentimentos de inferioridade perante os outros.

Pense que agora é a hora de melhorar sua autoestima, focar no momento presente e fazer acontecer as coisas boas que você merece na vida. Uma autoestima fortalecida atua positivamente na manutenção da saúde física e mental, na qualidade de vida e em todos os tipos de relacionamentos. Faça dela sua grande aliada!

Os textos, informações e opiniões publicadas nesse espaço são de total responsabilidade do autor. Logo, não correspondem, necessariamente, ao ponto de vista do Ativo Saúde