Reduzir o tamanho dos pratos e tigelas das refeições das crianças e incentivá-las a comer com mais frequência ao longo do dia pode diminuir as chances de surgimento da obesidade infantil, sustentam pesquisadores norte-americanos e gregos. Os estudos de ambos os grupos foram publicados na revista científica Pediatrics desse mês.
Tamanho do prato
No primeiro deles, um grupo de pesquisadores da Universidade Temple da Filadélfia acompanhou o almoço de 42 crianças que se serviram sozinhas durante oito dias. Os cientistas descobriram que quanto maior o prato utilizado pelos voluntários, maior a quantidade de comida ingerida por eles. Com isso, as crianças estavam absorvendo até 90 calorias a mais do que a quantidade necessária por uma refeição.
O grupo, liderado pela professora Jennifer Fischer, concluiu que quanto menor o prato ou tigela utilizado na hora do almoço, menor o tamanho da refeição. “Se mais comida aparece no prato, eles vão comer mais. Por ora, [diminuir o tamanho dos pratos] é algo que os pais podem facilmente incorporar em suas vidas diárias sem muito trabalho e esforço”, afirmou Fischer em entrevista ao portal Business Day.
Comer mais vezes
O segundo grupo de cientistas, dessa vez da Universidade de Harokopio, em Atenas, descobriu que as crianças que se alimentavam entre quatro e cinco vezes ao dia reduziam em 22% suas chances de desenvolver a obesidade. A descoberta, curiosamente, se manifestou principalmente nos meninos.
Para chegar a esse resultado, os pesquisadores analisaram dados de 11 estudos que comparavam a frequência alimentar e o peso de mais de 19 mil crianças e jovens. Com isso, foi concluído que comer pouco por refeição, mas várias vezes ao dia auxilia no controle do peso infantil.